Com um single similar ao anterior, o Dreamcatcher trás uma continuação da série de álbuns Apocalypse, com o desfecho da guerra
(Imagem: Divulgação/Dreamcatcher Company)
No mês do Halloween, não pode faltar o grupo que deixa a celebração ainda mais interessante, em termos musicais, pelo seu conceito com elementos sombrio. O Dreamcatcher realizou o seu comeback na última terça-feira (12), com VISION, single pertencente ao EP Apocalypse: Follow Us. O sétimo mini-álbum acompanha seis faixas, além de ser uma continuação da agora dualogia, Apocalypse: Save Us (2022).
Em setembro, as contas oficiais do grupo disponibilizaram uma imagem misteriosa de um código para marcar o inicio da divulgação do álbum que seria lançado em outubro. O código foi sucedido por uma série de imagens teasers individuais e em grupo, assim como prévias do Music Video e do álbum.
Apocalypse: Follow Us é o segundo comeback do grupo em 2022, o Dreamcatcher retorna após o lançamento do primeiro álbum da série Apocalypse em abril de 2022. O atual EP dá continuidade aos acontecimentos mostrados em MAISON, faixa principal do Apocalypse: Save Us. Em um cenário distópico em que a única esperança de salvação é o grupo composto por JiU, SuA, Siyeon, Handong, Yoohyeon, Gahyeon e Dami.
A guerra e o futuro do mundo em VISION
VISION é uma faixa forte, porém, é difícil pensar esse seria o lançamento mais impactante do grupo se comparado a comebacks anteriores, como Odd Eye (2021). A faixa-título apresenta uma sonoridade similar com MAISON, ambas com uma certa introdução de EDM. A canção é marcada por essa mistura do rock com o EDM em diversos momentos, a qual a parte eletrônica está bem mais audível. Dessa vez, é difícil apontar um ponto alto da canção, que parece seguir uma linha estável no inicio ao fim, sem grandes picos de destaque.
No Music Video, as sete integrantes retornam ao cenário pós-apocalítico futurista apresentado em seu comeback anterior. Os elementos na ambientação e nas roupas mostram que uma guerra mais avançada ocorreu. Mas com seus poderes especiais o grupo consegue sair vitorioso e salvar o mundo, representado pelo momento em que elas aparecem na televisão. Um escudo é liberado em volta da Terra por Dami ao final, trazendo esperança para o fim da invasão. Em Follow Us, elas mostram que não precisam mais serem salvas, mas seguidas, além de deixarem isso claro na letra ao convocar todos para marchar para a guerra.
Marche junto com os passos e recarregue / Em direção à colina cheia de inimigos
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O álbum é aberto pela intro, Chaotical X, apenas com instrumental, que parece ter objetivo de ambientar o ouvinte em um filme de ação. Funciona bem como uma prévia de VISION, que em seguida resgata bem essa sensação. A terceira canção é Fairytale, com um rock diferente das duas músicas anteriores, assim como o título sugere, é sobre viver momentos felizes, fazendo o público se sentir da mesma forma. O refrão é entusiasmante e Siyeon guia para uma sensação de liberdade com facilidade.
Some Love é outra b-side, que foge do rock intenso misturado com o EDM de VISION e da sonoridade leve de Fairytale. Nesse groove rock sobre amor próprio é fácil de identificar os sons de guitarra misturados com o sintetizador. Ainda assim, talvez não seja um dos pontos fortes do álbum.
Após canções mais agitadas, a última canção é uma ballad para encerrar o ciclo do Follow Us. Em Rainy Day, os vocais marcantes das sete integrantes fica ainda mais em evidência. A canção se trata de um momento delicado de saudades, representada pela chuva. Uma situação em que a pessoa não tem outra alternativa além de aceitar as fortes emoções que acompanham um dia chuvoso.
O EP ainda possui uma ending — similar a uma introdução, que se posiciona no final do álbum — de sonoridade aposta a Chaotical X, representando que o caos instaurado na intro, e visto no MV, foi cessado no fim em Mother Nature.
No geral, o Dreamcatcher trouxe um bom álbum, mas um pouco mais do mesmo dentro do que já está acostumado a entregar ao público. A organização e escolhas da tracklist seguem um padrão já conhecido do grupo, uma intro com apenas instrumental, o single, duas b-sides mais diferenciadas sonoramente e uma ballad. As faixas secundárias do álbum não possuem um destaque tão forte no álbum e podem passar despercebidas, com exceção de Fairytale, que mostrou uma ótima proposta e potencial, podendo ser apontada como um dos pontos altos do EP.
O uso do EDM não é novidade, mas os dois últimos lançamentos mostram uma tendência de tentar diversificar sua sonoridade dentro da própria discografia. É fácil notar a similaridade de sonoridade de MAISON e VISION, algo normal, visto que, fazem parte de uma duologia. Mas se comparados ao som de outros singles, não mostram a mesma presença marcante, como em Odd Eye ou BOCA.
Nota: Lembrando que o papel da nossa crítica, independente de positiva ou negativa, é apontar elementos para você construir a sua opinião sobre aquela obra; seja uma música de K-pop ou dorama. Então, tá tudo bem concordar ou discordar de tudo o que a gente disse aqui, mas não esquece de dizer o que você achou desse lançamento nos comentários, no Twitter ou no Instagram do Café!
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