O grupo da JYP Entertainment entregou seu comeback na madrugada da última sexta-feira (26); confira nossa crítica
(Reprodução / JYP Entertainment)
O TWICE parece estar ocupado sempre. Os seis anos de carreira do grupo são recheados de lançamentos e promoções de álbuns e, recentemente, até um debut solo da Nayeon. Mesmo assim, acompanhar o grupo nunca deixa de ser interessante. As nove integrantes estão sempre se empenhando para trazer inovação e músicas melhores a cada comeback, e é por isso que as expectativas para o novo álbum estavam altas.
BETWEEN 1&2 foi anunciado junto de um opening trailer que trazia o TWICE com uma roupagem nova, adepto da estética Y2K, que vem tomando o K-pop por inteiro. Todas as cabeças se viraram na direção do grupo, e as fotos teaser lançadas em seguida só serviram para aumentar a ansiedade.
O álbum e a faixa-título, Talk that Talk, finalmente estão entre nós! Confira após a publicidade o que o Café achou:
As palavras doces do TWICE
(Reprodução / JYP Entertainment)
Sabe aquele tipo de conversa que você tem com um amigo que você conta como sua vida amorosa tem sido? Talk that Talk é exatamente isso. Apesar de o conceito da letra não ser exatamente esse, ela traz essa sensação de conforto com os acordes retrô e a melodia pegajosa, especialmente no refrão. Comandado por Jihyo e Nayeon, as principais vocalistas do grupo, ele complementa muito bem os versos, trazendo a sensação de um trabalho redondo e bem feito.
O clipe também é excelente, entrando de cabeça na moda Y2K. As integrantes têm muito carisma e sabem disso, tirando proveito dos takes e do styling impecável. É um dos melhores trabalhos visuais do grupo em muito tempo, sendo um complemento muito bom para a canção. A parte importante é que eles não são muito dependentes um do outro: a faixa não precisa do acompanhamento, mas ele a torna ainda melhor, e isso é interessante.
Queen of Hearts soa como se tivesse saído do Disney Channel. É uma canção inteiramente em inglês, conceito que o próprio TWICE já experimentou com The Feels. O instrumental puxado para o rock é muito bom, mas essa faixa talvez se tornasse mais propícia a ser ouvida se não tivesse vocais tão estridentes — se o tom diminuísse um pouco, a forma de cantar seria menos aguda e mais fácil de apresentar ao público. Basics é exatamente como seu nome: básica. Apesar de não trazer nada muito novo, ainda é agradável e mantém o conceito synth do álbum.
Já Trouble é um mergulho completo no disco. O conceito retrô já foi utilizado por diversos outros artistas, inclusive pelo TWICE, e ele mostra porque ainda é tão consistente no K-pop. As canções sob esse gênero são geralmente muito boas, e Trouble não foge à regra. Brave é interessante; é mais lenta e começa a desacelerar a tracklist. É um pouco repetitiva e tem seu apelo, mas talvez soasse melhor em uma versão acústica.
As últimas duas faixas não são exatamente especiais. Gone tem um início excelente, mas perde quase todo seu momento quando chega no refrão. Uma vantagem do refrão fraco é o rap que vem em seguida, que infelizmente não é suficiente para cobrir o dano da parte anticlimática. Também parece haver um problema na mixagem; os vocais são mais altos que o instrumental, o que estraga a experiência. When We Were Kids é fofa e parece com todas as outras canções de fim de álbum — lenta e parece ter sido feita para o final de um show.
BETWEEN 1&2 não é o melhor que o TWICE pode fazer. Há percalços nas canções da tracklist, tendo algumas excelentes e outras medianas. Não há nenhuma inteiramente péssima, mas a junção de várias músicas que estão naquela faixa média traz o conjunto da obra para baixo. Nenhuma das b-sides chega ao ponto da canção-título. Talk that Talk é o grupo em toda sua essência, e ela traz uma pergunta cuja resposta é óbvia: quando o TWICE te chama para conversar, todos dizem sim.
E aí, o que você achou do comeback do TWICE? Não se esqueça de contar para o Café nas redes sociais!
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