O girlgroup da YG traz letras poderosas e inovação para novo comeback, superando o primeiro; leia a crítica
(Divulgação / YG Ent.)
Nesta sexta-feira (16), faltando poucas semanas para The Album completar 2 anos de lançamento, BLACKPINK entrega seu segundo full album, BORN PINK. O projeto contém 9 faixas, incluindo o pré single PINK VENOM, a title Shut Down e mais outras incríveis músicas que mostram a essência do grupo em aspectos que já esperávamos, mas também em novos ares.
Jisoo, Jennie, Rosé e Lisa se reuniram para atividades em grupo após meses se dedicando em seus projetos individuais, e provaram que BLACKPINK pode sempre se superar, caminhando entre suas raízes e algo novo. O bom R&B que está nas músicas do grupo desde seu início, retrô, pop são os gêneros musicais que marcam cada faixa do BORN PINK.
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Faixa por faixa
A primeira faixa é PINK VENON, single de pré-lançamento que deixou o público dividido por ser muito divergente das canções enérgicas que BLACKPINK costuma fazer. A música é um hip-hop bem morno porém dançante, que harmonizou bem com o álbum, e funcionou bem com a função de pré-single, causando curiosidade sobre o que esperar no projeto como um todo.
Shut Down, a faixa título e segunda do álbum é um tiro certeiro, principalmente para quem gosta de ver BLACKPINK cantando seu bom e imponente hip-hop. La Campanella, canção de 1838 do violinista romancista Paganinni foi utilizada como sample. A mescla da sonoridade clássica e refinada do violino com a magnitude das batidas do hip-hop deram vida a algo que o girlgroup nunca tinha feito.
O MV é tão envolvente quanto a música, seu orçamento superou o de PINK VENOM, sendo assim o maior investimento da YG Entertainment em um videoclipe. A produção é um conjunto de referências, com cenas de outros MVs do grupo como parte de cada cena, trazendo nostalgia aos fãs, mas também relembrando seus grandes sucessos.
Typa Girl seria uma boa candidata para pre-single, ela se assemelha bastante a Money, b-side de LALISA, projeto solo de Lisa. Com sonoridade parecida, a música também é um hip-hop com letra confiante e ambiciosa, um conjunto que a deixa bastante poderosa. É uma faixa sincera, em que o grupo canta sobre sua reputação e sucesso.
Yeah Yeah Yeah é uma composição de Jisoo e Rosé, é sobre se apaixonar, estar naqueles primeiros momentos que causam dúvidas e ansiedade, reproduzidas no gênero pop e um refrão bem retrô, remetendo bem aos anos 80. É uma música divertida e nostálgica, uma boa representante para o lado "pink" do BLACKPINK.
Hard to Love é cantada inteiramente por Rosé, uma das main vocals do grupo. É um pop com guitarra bem evidenciada. Esta remete bem a essência da cantora tanto em seus instrumentais quanto na letra, já que é bem romântica e melancólica como seu álbum solo - R -. O timbre de sua voz coloca essa melancolia em evidência, enquanto o ritmo pop trabalha para maquiar a música como feliz.
The Happiest Girl prova que BLACKPINK também sabe fazer baladas, e que esse estilo musical não pode faltar em seus álbuns. O título engana, pois faz contraste com a verdadeira mensagem da música que na verdade é bem emotiva, sua essência é o piano em harmonia com as vozes das vocalistas.
Tally mescla três gêneros, a predominância é o pop, porém rock e hip-hop também estão bem presentes. Seu ponto alto é a letra, sobre ser livre e se sentir confortável sobre si próprio, tudo isso, cantada de forma irreverente e ousada, representando bem a identidade do grupo.
A música Ready For Love é um house-pop e EDM que foi descarte do primeiro full album, e foi oficialmente lançada a pedido dos fãs, e veio antes do lançamento de BORN PINK através de uma parceria do grupo com o PUBG. Descartá-la do The Album foi uma boa escolha, a música harmoniza melhor com as outras faixas do álbum.
O projeto, que já é million seller no Hanteo, com mais de um milhão de cópias vendidas no primeiro dia, é sinônimo de mudanças e possibilidades, pois projeta expectativas de ver o grupo passeando por outros estilos. Ainda, é sobre confiança e evolução, já que esboça a sensação de que o girlgroup pareceu confortável em fazer algo novo.
O tempo de espera valeu a pena, BLACKPINK entregou um projeto bem diferente do seu primeiro, com faixas bem trabalhadas, cada uma em seu estilo, porém que harmonizam muito bem como conjunto. BORN PINK mostra que sair da zona de conforto é algo fácil para elas, e que pode agradar qualquer público.
Nota: Lembrando que o papel da nossa crítica, independente de positiva ou negativa, é apontar elementos para você construir a sua opinião sobre aquela obra; seja uma música de K-pop ou dorama. Então, tá tudo bem concordar ou discordar de tudo o que a gente disse aqui, mas não esquece de dizer o que você achou desse lançamento nos comentários, no Twitter ou no Instagram do Café!
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