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Girls: aespa retorna com um grito de guerra lírico e sonoro

Comeback do girlgroup da SM foi lançado nesta sexta-feira (08); confira nossa resenha crítica do álbum

(Reprodução / SM Entertainment)

No SYNK com a minha ae, não me incomode, sua selvagem”: o dicionário especial do aespa assusta aqueles que não o conhecem. À primeira vista, essa salada de frutas de letras, códigos e metaverso pode parecer confusa e desnecessária. Porém, ela revela uma tentativa de Lee Sooman inovar novamente na indústria do K-pop. Suas apostas às vezes dão muito certo, como comprovado em Savage do próprio aespa, mas, às vezes, deixam muito a desejar.


Sete meses após o último lançamento, a station Dreams Come True, o grupo fez seu retorno. É um comeback que criou muitas expectativas, provocando teorias acerca das músicas que estariam presentes no álbum e qual destino o lore do girlgroup teria, e ele finalmente está entre nós! Será que, depois de tanta antecipação, Girls decepcionou? Confira o que achamos do retorno do aespa logo após a publicidade.




Seja em Kwangya ou no FLAT, a inovação faz falta


(Reprodução / SM Entertainment)

Para aqueles que se afastam do aespa por conta do uso excessivo de Kwangya e seus derivados nas letras, Girls é o ideal: apesar das referências ao universo estarem presentes, elas não ofuscam o restante e nem sobrecarregam o ouvinte. Dessa vez, temos uma mensagem de luta e força sendo passada pelas integrantes — “Florescendo no caos / Confrontando o medo, essa coragem / Sempre que estamos juntas / Nós somos as garotas” dão a entender que elas seguem a luta contra a vilã Black Mamba, como é dito logo nos primeiros versos da canção.


O instrumental não é tão dinâmico quanto a batalha do aespa, sendo linear demais em alguns pontos. O pré-refrão com as guitarras é o destaque com certeza, trazendo a pegada mais rock para a faixa. Um outro diferencial é o break que, dessa vez, não é tão desconexo como o dos outros lançamentos, e a coreografia orna perfeitamente com os instrumentos dessa parte. Apesar desses lados positivos, o restante não é tão chamativo quanto poderia ser.


O MV é a melhor peça desse quebra-cabeça. Os cenários apresentados em Girls remetem um pouco aos de Savage, entregando a sensação de continuidade na história do grupo. Os takes de ação e efeitos especiais chamam a atenção e deixam evidente o investimento na produção. Quem não gosta de assistir um clipe bem feito? O aespa sempre entrega!



A segunda faixa na tracklist é Illusion, que foi utilizada como pré-lançamento e ganhou um lyric video especial. Illusion é forte, agressiva e tem sacadas interessantes na letra, se portando como uma possível faixa-título para o mini álbum. Ela se parece com a sonoridade do aespa e, ao mesmo tempo, é diferente de outros lançamentos. É com certeza o destaque e a melhor componente da lista.



Em seguida, temos Lingo. “Ei, garotas / Eu acho que eles querem falar com a gente / Devemos deixar eles fazerem parte? / Eles não entendem nossa linguagem”: o monólogo de Giselle na introdução é uma alfinetada para o público. Brincando com o conceito de criar novas palavras com as pessoas das quais você gosta, elas fazem uma alegoria ao próprio linguajar único do conceito do grupo. O instrumental country de Lingo é diferente e muito gostoso de ouvir, sendo uma lufada de ar fresco em meio ao eterno hyperpop.


Life's Too Short já é uma carta conhecida do público. A versão coreana, que é a inédita, não muda nem reinventa o que a em inglês fazia. A canção é fofa e agradável, mas sem personalidade alguma — o aespa pode, sim, ter músicas fora de seu conceito, só que elas ainda precisam ter uma sonoridade única para ajudar a diferenciá-las do restante. A mensagem que Life's Too Short passa é boa e, mesmo que a melodia não reflita isso em sua totalidade, ainda é uma opção boa para colocar no rádio do carro.



A última canção inédita da tracklist é ICU. Pronunciada como “I see you”, a faixa é bastante lugar-comum e não tenta inovar em nada, sendo até um pouco tediosa por isso. É uma ballad de final de álbum, mas que vem logo após uma outra faixa lenta, e causa essa sensação monótona no ouvinte. Não seria um problema se tivéssemos outras inéditas logo após essa... Nesse caso, é um problema. Infelizmente, essa ordem de tracklist não funcionou com as limitações impostas ao grupo, e o restante já é conhecido pelo público, o que faz com que o mini álbum tenha uma duração ainda mais curta.



Para aqueles que estão acostumados com o aespa barulhento, grandioso e diferente, Girls é um desejo se tornando realidade — mas somente a faixa-título. O uso de lançamentos antigos torna a experiência de ouvir o mini álbum um tanto enfadonha; felizmente, canções inéditas como Illusion e Lingo fazem o cansaço valer um pouco a pena. Por mais que as inovações do aespa pareçam pedantes e monótonas, é fácil de perceber como elas fazem falta em situações como essa. O gosto que fica na boca após Girls é de vontade de mudança com notas de saudosismo de dois anos atrás.




Ouça 'Girls', novo mini álbum do aespa, abaixo:



Nota: Lembrando que o papel da nossa crítica, independente de positiva ou negativa, é apontar elementos para você construir a sua opinião sobre aquela obra; seja uma música de K-pop ou dorama. Está tudo bem concordar ou discordar de tudo o que a gente disse aqui, mas não esquece de dizer o que você achou desse lançamento nos comentários, no Twitter ou no Instagram do Café!

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