O novo girlgroup da THEBLACKLABEL faz sua estreia, apresentando uma proposta que oscila entre inovação e mais do mesmo
(Divulgação / THEBLACLABEL)
O MEOVV, mais novo grupo feminino da THEBLACKLABEL, estreou na última sexta-feira, 6 de setembro, com o single MEOW. Composto por Ella, Gawon, Sooin, Anna e Narin, o quinteto já está chamando a atenção no cenário do K-pop. A produção musical, assinada principalmente por Teddy, conhecido compositor da YG Entertainment, trouxe ao grupo uma aura de familiaridade com os sucessos datados da empresa.
No entanto, essa estreia não veio sem controvérsias. O conceito do grupo é centrado em torno de "gatos" — como o nome "MEOW" sugere —. Já o vídeo musical, foca mais em exibir os rostos das integrantes e a coreografia e foi criticado por sua simplicidade. Muitos internautas têm comparado o MEOVV a suas "colegas de gravadora", BLACKPINK e BABYMONSTER, acusando-as de ser apenas mais uma variação da fórmula já conhecida e até mesmo descrito como uma "cópia cansada".
O MEOVV trouxe consigo o famoso grito de "identidade" com o conceito que muitos chamam de "Bad Bitches". Um dos grupos recém-debutados que também trouxe esse conceito é o BADVILLAIN, que recentemente enfrentou acusações de copiar o BABYMONSTER e o BLACKPINK. Embora seja uma ação comum entre os grupos de k-pop, sejam eles masculinos ou femininos, trazer o nome como um elemento dentro da música.
O cenário da 5ª geração do K-pop está marcado por estreias que frequentemente se assemelham, gerando comentários sobre a falta de originalidade e personalidade nos novos lançamentos. O MEOVV não está imune a essas críticas. A produção de Teddy é conhecida por sua capacidade de criar sucessos, mas é acusada de estar datada e repetitiva. Faixas-título dos grupos ja citados e também do TREASURE já foram apontadas como exemplos de uma fórmula conhecida como "Formula da YG" que parece ter sido aplicada novamente ao MEOVV.
A questão que permanece é se o MEOVV vai estabelecer uma identidade própria e se diferenciar dos demais grupos ou se vão optar pela seguridade da formula saturada. Ainda não se tem notícias sobre futuros lançamentos do grupo, mas os novos fãs e espectadores curiosos já especulam como vão ser os próximos singles.
Em relação à capacidade vocal e à aparência do grupo, continuam as comparações, especialmente no que diz respeito a como a aparência de uma das integrantes que lembra a Jennie do BLACKPINK. Essa semelhança tem gerado diversos comentários nas redes sociais, com alguns chamando-a de "irmãzinha da Jennie". Dentro do BABYMONSTER, também há comparações, especialmente entre a dupla rapper, em relação aos momentos icônicos de Jennie e Lisa.
A música possui momentos marcantes que conquistaram muitos fãs, especialmente no Brasil, com destaque para o breakdance e a batida tradicional do funk, além de incorporar esses elementos em outros trechos do single. Em geral, a música é mais melódica e suave, com as vozes das integrantes trabalhando em graves e agudos mais lineares, mas sem alcançar grandes altos, pode-se dizer que optaram por uma linha vocal com "menos esforço" quando comparado a outros grupos.
A dúvida que persiste é se todas as integrantes têm vocais semelhantes ou se isso é resultado da direção do produtor. Além disso, falta algo que diferencie uma integrante da outra. Outro ponto importante é a capacidade de cantar e dançar ao vivo. Uma das principais críticas ao modelo atual de showcases e apresentações "ao vivo" no K-pop é o uso excessivo de playback, o que preocupa os fãs sobre a possibilidade de que isso possa estar limitando as oportunidades para artistas verdadeiramente talentosos em favor de artistas mais "visuais".
Não há grandes novidades na indústria sul-coreana. O que resta para os fãs é aguardar e torcer para que os próximos lançamentos dos grupos tragam mais originalidade. É essencial que os produtores abandonem a segurança excessiva e se permitam ser mais ousados, ou grupos atuais e futuros estarão fadados a fracassar antes mesmo de terem uma chance. É uma pena que por conta dos motivos apresentados as integrantes estão propensas a receber diversos ataques nas redes sociais, sem ao menos serem as responsáveis pelo trabalho de produção.
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