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Foto do escritorFernanda Santos

Mino vira cowboy cibernético no clipe de TANG!♡, faixa título do novo álbum

Atualizado: 5 de fev. de 2023

To Infinity é o terceiro álbum solo do Mino e conta com dez músicas autorais; confira a nota ao final da crítica

(Divulgação / YG Ent.)

Os fãs do MINO tiveram um bom motivo para acordar de bom humor nesta terça-feira (07). O rapper principal do WINNER lançou hoje To Infinity, seu terceiro álbum como solista com dez músicas inéditas. Todas as faixas foram escritas pelo próprio MINO, que já possui mais de sessenta letras creditadas em seu nome. Com o novo trabalho, o artista prova que a lista não cresce apenas em quantidade, mas também em qualidade.



A title da vez é TANG!♡, uma música inusitada que mistura hip-hop e uma forte presença de guitarras, além de um rap sólido, bem característico do MINO. No MV, o rapper recorre ao universo dos videogames para se transformar em um cyber cowboy e (tentar) conquistar sua amada. Porém, o mundo real interfere no jogo e acaba gerando uma série de ciladas virtuais que esbanjam efeitos especiais. Já conferiu?



Seguindo para o álbum em si, LOVE IN DA CAR é a música que introduz as b-sides. É uma track potente e cheia de personalidade, que mistura trap e hip-hop com o barulho de carros acelerando e alarmes sonoros. Justamente por ser tão ousada, pode não agradar a todos os públicos. Assim como TANG!♡ (a title), sua energia caótica acaba ofuscando as b-sides mais equilibradas e que, estas sim, dão o nome ao álbum.


As duas faixas seguintes são uma amostra do que o MINO faz de melhor. PYRAMID, o feat com IIIBOI e Gaeko, surpreende com a precisão do ritmo: forte e ostensivo, mas sem ferir os ouvidos de quem a escuta. As inferências de rap combinam perfeitamente com o refrão inebriante e, para os amantes de hip-hop, é impossível ouvir uma única vez. MINO acertou muito nesta que é uma das quatro collabs do álbum.



O feat seguinte é com o BOBBY (iKON), com quem MINO também tem um duo, o MOBB. A música resgata a dinâmica e o estilo único do dueto da YG Entertainment e que deixou os fãs saudade desde o último lançamento em 2016. Dois oriundos de realities de survival, Mino e Bobby aplicam toda a agressividade que aprenderam no ambiente de competição na faixa LANGUAGE, que é agitada do começo ao fim.


(Divulgação / YG Ent.)

Com exatos três minutos de duração, KILL é a quinta música do álbum. Mais lenta do que as antecessoras, sua proposta é em um hip-hop mais calmo, pouco impactante e com picos de volume concentrados apenas no refrão. Juntamente de MUAH, a sexta faixa, KILL atua como a intermissão de duas metades do álbum: a primeira mais enérgica, e a segunda mais tranquila, com vocais e batidas serenas.


A exceção à divisão de águas quase perfeita é QUESTION MARK. Não se engane com o início suave: ao avançar da faixa, ela se revela como a aposta "diferentona" do álbum — afinal, todos os lançamentos de 2021 precisam de um quê experimental na discografia. Esta longe de ser a música mais coerente do conjunto, mas é possível destacar a presença de elementos de funk brasileiro na composição (ainda que mal aproveitados).



DRUNK TALK, com participação especial da Sogumm, é uma faixa que transborda sentimento. Com poucos ornamentos, a música emociona sem grandes esforços, e a mesma energia melancólica é aproveitada na faixa seguinte, LOSING U. Nesta, porém, o violão dá lugar ao teclado, e os versos suaves, a um refrão repetitivo. Ainda que não supere a anterior, LOSING U não deixa de ser uma música boa, pois reúne elementos do pop clássico como o solo de teclado nos segundos finais da gravação.


Quem encerra o álbum com chave de ouro é SAD WALK, uma collab com a Sunwoojunga. A música reúne, em pouco mais de três minutos, todos os maiores atributos do álbum, a excelência no gênero das primeiras faixas e a sensibilidade das últimas. Os vocais melódicos do refrão também representam uma das escolhas mais assertivas de feat no álbum que teve, como destaque, as canções colaborativas.



De modo geral, o retorno do MINO com To Infinity é repleto daquilo que o consagrou como um dos maiores nomes do k-hip-hop atual: autenticidade. Seja através de faixas autorais, de escolhas inusitadas ou conceitos ousados, o integrante do WINNER sempre deixa a sua personalidade explícita quando o assunto é produção musical. E é esta capacidade de se manter fiel a si mesmo que o faz conquistar uma nova legião de fãs a cada comeback.




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