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MONSTA X: músicas autorais e visual de cowboys do asfalto marcam Rush Hour, a nova era do grupo

Atualizado: 5 de fev. de 2023

Primeiro comeback sem o líder Shownu consegue captar a essência ostensiva do grupo; confira a crítica

(Divulgação/ Starship Ent.)

Na sexta-feira (19), o MONSTA X fez seu retorno com 'No Limit', o décimo mini álbum do grupo. O álbum conta com sete faixas, e todas têm a participação dos membros I.M e Joohoney na composição. Figurando como um dos comebacks mais aguardados de novembro, o MONSTA X conseguiu — mais uma vez — demonstrar sua força no novo trabalho, que capta a essência do sexteto desde a title até as b-sides.


A faixa titular da vez é Rush Hour, uma música agitada com fortes influências de hip-hop e EDM. Como em boa parte dos trabalhos, o destaque da faixa é o rap frenético e imponente que domina as estrofes. O single se mantém agressivo do começo ao fim, mesmo com os vocais melódicos e harmoniosos dos membros. Para quem curte titles dinâmicas e cheias de garra, é uma boa pedida.


Para o videoclipe, o grupo escolheu o conceito de cowboys urbanos. Com a formação reduzida de seis para cinco (o líder Shownu está no exército cumprindo o alistamento obrigatório), Joohoney, I.M, Kihyun, Hyungwon e Minhyuk aparecem no MV ao lado de carros, no meio de um deserto, com chapéus de caubói e jaquetas de corrida. O conceito também acompanha elementos da música, como o assobio de faroeste presente na faixa.



Autobahn é a música que introduz as b-sides ao ouvinte. As influências eletrônicas são constantes na faixa desde a introdução, e se fazem até mais presentes do que na title. O EDM se torna potente no refrão, revelando uma música tão agitada quanto Rush Hour. No entanto, o rap concentrado apenas em um trecho (a segunda metade), e os versos mais lentos, fazem de Autobahn um sigle mais equilibrado.


Ride with U é terceira faixa do álbum. Com nuances de synth-pop, seu estilo acompanha a tendência dos lançamentos retro-vibes de 2021 — diga-se de passagem, já bem saturados. No entanto, o MONSTA X prova com Ride with You que ainda há espaço para cativar os fãs com a musicalidade inspirada nos anos 80/90. A faixa é equilibrada e divertida, e agrada ainda na primeira escuta.


A faixa de número quatro, Got Me In Chains, é a mais curta do álbum. Com pouco mais de três minutos, os vocais poderosos do Kihyun e Minhyuk são o destaque da música que, novamente, traz referências ostensivas de pop eletrônico. Há uma contemporaneidade sensível na batida, que também explora breaks inusitados e quebras de ritmo. Essas interrupções, em certa medida, são agradáveis para o ouvinte.


(Divulgação/ Starship Ent.)

O álbum interrompe abruptamente a crescente eletro-pop das faixas com Just Love, mais voltada ao gênero do K-R&B, com um ritmo suave, lento e instrumentos isolados marcantes. Os rappers roubam a cena na música: as inferências do rap são cirúrgicas, e os vocais do I.M e Joohoney exemplificam o porquê da rap line do MONSTA X fazer sucesso até entre não-fãs. É uma das melhores b-sides.



A decrescente de ritmo segue, então, até o final do álbum. Mercy é a penúltima música de No Limit, e também uma das mais lentas; mas o toques fortes e os breaks impactantes da faixa a fazem parecer mais dinâmica do que realmente é, especialmente ao se ouvir mais de uma vez. Em Mercy, além do Joohoney e do I.M, o Hyungwon também participou da sua composição. E ele arrasou nos vocais da intro e da ponte da canção!


I Got Love encerra o álbum com um pouco mais de K-R&B, uma aposta certeira do quinteto em uma faixa envolvente e suave, com vocais limpos e que contrasta acertadamente com a agitação das músicas que abrem o trabalho. Ao mesmo tempo que é uma música excelente, também desperta uma melancolia: talvez pelo fim do álbum, talvez pelo estilo R&B ter sido pouco explorado no lançamento.



De forma geral, No Limit reforça a essência poderosa do MONSTA X para os MONBEBES, os fãs de carteirinha. Já para os potenciais novos fãs, o grupo se apresenta como um ato musical versátil, que sabe trabalhar com diversos estilos e não tem medo de arriscar. O sexteto provou que os verbos "inovar" e "experimentar", tão chaves na carreira de grupos recentes, já faz partem do seu dicionário há muito tempo.




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