A obra de Min Jin Lee virou um dorama da Apple TV+, mas há outros bons romances da Coreia do Sul que também valem a pena conferir!
(Reprodução/Google)
Pachinko é o assunto do momento! Baseado no best-seller no New York Times, escrito por Min Jin Lee, o dorama adaptado da obra homônima chegará ao catálogo da Apple TV+ em 25 de março. O livro, publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, foi um dos grandes sucessos no ano de lançamento e entrou para a lista de romances favoritos de Barack Obama em 2019.
O enredo da história gira em torno de Sunja, uma adolescente de 16 anos que se apaixona e engravida de Hansu, um empresário mais velho que passa a sondá-la. Ao descobrir que o homem é casado e tem filhos, Sunja o renega como pai, dando início a uma saga de quatro gerações de sua família, marcada pela colonização japonesa, xenofobia, guerras, vergonha e não-pertencimento.
Além do famoso livro que contextualiza a história sul-coreana desde o início do século XX, há muitas outras obras interessantes sobre o país asiático, ficcionais ou não, que valem a pena ser lidas. Por isso, o Café Com Kimchi preparou uma seleção de publicações que você precisa adicionar na sua lista de leitura!
Por Favor, Cuide da Mamãe
A promessa deste livro é que “você nunca mais vai pensar na sua mãe da mesma maneira após esta leitura”. Escrito por Shin Kyungsook, o best-seller Por Favor, Cuide da Mamãe é um dos favoritos de Kim Namjoon (RM, líder do BTS) e conta a história de Sonyo, uma mulher de 69 anos que se perde do marido na multidão de Seoul e desaparece. Desesperados, seus filhos buscam por ela e acabam descobrindo desejos, mágoas e segredos que jamais imaginavam que a matriarca guardava em seu coração.
Atos Humanos
Com uma história que pode lembrar bastante o cenário político do dorama Snowdrop, Atos Humanos, de Han Kang, é ambientado no período de revolta estudantil na Coreia do Sul, quando um jovem chamado Dongho é brutamente morto. A partir deste trágico acontecimento, uma série de problemas se desenvolvem com diferentes personagens que incluem seu melhor amigo, um editor que luta contra a censura ditatorial, um presidiário e um operário de fábrica. Distribuída pela Editora Todavia, a história narra dores, desgostos coletivos e um povo traumatizado que tenta fazer com que sua voz seja ouvida.
Kim Jiyoung, Nascida em 1982
Chegando às prateleiras de todo o Brasil em março, pela Editora Intrínseca, Kim Jiyoung Nascida em 1982 é uma trama que acompanha a deterioração mental de uma mulher atingida profundamente pela misoginia. A protagonista Kim Jiyoung vive em seu apartamento em Seoul, cuidando de sua filha recém-nascida quando começa a ter comportamentos estranhos, como a personificação de outras mulheres, vivas e mortas. Preocupado, seu marido a leva a um psiquiatra e a mente de Jiyoung viaja para todos os momentos em que foi mais doloroso ser uma mulher na Coreia do Sul.
Shine: Uma Chance de Brilhar
Se engana quem acha que só de K-pop vive um idol. Podendo ocupar setores diversos que vão desde a moda até a atuação em doramas e filmes, um cantor sul-coreano tem muitas possibilidades de carreira. No caso de Jessica Jung, ex-integrante do grupo Girls Generation, não foi diferente e a artista se dedicou a escrever o conto ficcional intitulado Shine: Uma Chance de Brilhar. Publicado no Brasil pela Intrínseca, o livro acompanha Rachel Kim, uma jovem que luta para estreiar como cantora de K-pop e precisa enfrentar pressão estética, rotinas arbitrárias, dietas restritivas e competições acirradas para realizar o seu sonho. Há quem diga que o livro é baseado em histórias reais dos bastidores da indústria da música sul-coreana…
Nossas Horas Felizes
Popular na Coreia do Sul, o livro Nossas Horas Felizes conta uma história ambientada no corredor da morte. Escrito por Gong Jiyoung, o romance acompanha Yujung, uma mulher que se recupera de sua terceira tentativa de suicídio quando recebe a visita da tia, que insiste que a mesma a acompanhe para uma visita a presidiários condenados à pena de morte. Chegando lá, Yujung conhece Yunsoo, um assassino ao qual se apega e cria uma relação de confiança, em que ambos compartilham seus segredos mais íntimos e as dores que moldaram suas vidas. Conectados, eles sabem que seus momentos felizes serão breves.
O Bom Filho
Quem gosta de histórias sobre crimes, certamente vai se interessar por O Bom Filho. A trama escrita por Jeong Yujeong conta a história de Yujin que, certa manhã, acorda com um estranho cheiro metálico e um telefonema de seu irmão perguntando se está tudo bem em casa. Ao perceber que perdeu uma ligação de sua mãe no meio da noite, continua vagando pela casa e logo descobre o corpo da mulher banhado em uma poça de sangue. Por sofrer convulsões na maior parte de sua vida, sua memória ficou afetada mas, enquanto tentava descobrir o que aconteceu, lembrava de sua mãe chamando seu nome. Mas ela estava pedindo ajuda ou implorando pela própria vida?
Sukiyaki de Domingo
Com o grande sucesso da música, cinema e televisão coreana, é comum que tenhamos dificuldade em imaginar que a Coreia do Sul tenha pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza — afinal, com que frequência esse retrato é mostrado em seus produtos, senão em uma situação tão pouco usual quanto em Round 6? Em Sukiyaki de Domingo, são contadas muitas histórias de pessoas vivendo com o mínimo, em situações precárias, esquecidas pelo governo, em periferias tão semelhantes às de quaisquer países de terceiro mundo. Se você deseja conhecer um novo e desconfortável ângulo da sociedade sul-coreana, esta é uma leitura indispensável.
A Espera
A autora Keum Suk Gendry-Kim descobriu, quando adulta, que tinha sido separada de sua irmã durante a Guerra da Coreia, que dividiu o país em dois. Inspirada pela própria história, decidiu entrevistar outros coreanos separados pela guerra e, assim, nasceu a história fictícia (mas fundamentada em fatos reais) intitulada A Espera.
O livro acompanha Gwija, uma adolescente de 17 anos que, quando soube que os japoneses estavam sequestrando mulheres solteiras, se casou às pressas com um homem que não conhecia. Os dois formaram uma família de quatro pessoas e, em meio à colonização e a consequente queda do Japão, fugiram para o sul da Coreia. Porém, na estrada, enquanto amamentava, Gwija foi separada do marido e de seu outro filho. Setenta anos depois, a filha de Gwija, Jina, está disposta a cumprir a promessa de encontrar seu irmão perdido.
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