Conhecido por integrar os grupos NCT 127, NCT U e Donjaejung, artista transita entre os gêneros R&B e Jazz em seu primeiro projeto como solista
(Divulgação/ SM Entreteniment)
“J”, o álbum de debut solo do Jaehyun, finalmente está entre nós! Lançado no dia 26 de agosto, “J” adicionou 8 faixas à discografia do artista, sendo 6 delas co-produzidas e coescritas por ele. Para dar um gostinho do que estava por vir, o membro do NCT divulgou as faixas “Dandelion” e “Roses” como pré-lançamentos, no dia 12 de agosto. A estratégia de lançamento foi ousada: as duas canções foram divulgadas com um MV único, com o objetivo desperta a curiosidade dos NCTzens e do grande público.
O destaque ficou por conta de “Smoke”, faixa principal do álbum. A canção é sexy e envolvente, e o Jaehyun mostrou muito charme e molejo em um clipe cinematográfico. A produção audiovisual reúne cenas inspiradas em filmes dos anos sessenta. “J” ainda contou com a colaboração do cantor e compositor Kenny 'Babyface' Edmonds, lenda do gênero R&B.
Assim como J-hope do BTS e Chanyeol do EXO, Jaehyun se empenhou em mostrar aos fãs algo autoral, um trabalho completamente diferente do que vem mostrando como membro do NCT, mas que combina perfeitamente com sua personalidade. Confira abaixo o que achamos de “J”!
“J”: Jaehyun traz dicotomia de emoções com músicas que expressam maturidade e inocência
Com cores distintas, letras penetrantes e melodias encantadoras, Jaehyun mostra de forma simples e honesta variações de R&B em “J”, além da combinação deste com diferentes gêneros musicais. Logo no primeiro álbum, ele conseguiu transmitir um projeto maduro e consistente com faixas que conversam muito bem entre si, apresentando nuances ora contrastantes, ora complementares.
“Smoke”, que dá início à discografia, combina o R&B com Hip-Hop de maneira inteligente, aliada a uma letra sexy e os vocais angelicais do Jaehyun. A canção equilibra muito bem os graves do nosso barítono com os falsetes e o improviso do cantor. Além disso, a faixa apresenta riqueza nos detalhes, nas camadas e mudanças rítmicas, principalmente no instrumental belíssimo registrado ao final da música, no qual o piano e o sax ganham destaque e introduzem pitadas de jazz. Uma obra de arte!
A segunda faixa de “J” traz uma narrativa diferente de “Smoke” ao abordar os arrependimentos de Jaehyun após término de um relacionamento. “Roses” carrega uma melodia triste, uma letra melancólica e capta perfeitamente a história de término mal resolvido. Tudo fica ainda mais completo com os vocais de tirar o fôlego que, nessa música em particular, demonstram um sentimentalismo aflorado.
Em “Flamin’ Hot Lemon” Jaehyun reflete sobre o amor na juventude. Com uma mistura doce e picante, a terceira faixa descreve uma atração intensa e calorosa por alguém. Acompanhada de um bom instrumental consistente no gênero R&B, a música segue com uma pegada sexy na qual Jaehyun reitera as habilidades do seu vocal sereno e sedutor.
“J” também presenteia os fãs com o lado mais fofo e romântico do Jaehyun, com a faixa “Dandelion”. A harmonia da quarta faixa traz uma atmosfera diferente, alegre como o nascer do sol, com uma letra romântica e sonhadora. O jazz se faz presente mais uma vez com uma melodia refrescante e elegante, acompanhada de notas doces e polidas.
“Completely” vem, em contrapartida, mesclando R&B com ballad. Nessa canção tocante que marca os minutos centrais de “J”, Jaehyun faz uma declaração de amor doce e gentil. O piano traz toda a melancolia necessária para a faixa funcionar, já que a letra retrata o anseio pela pessoa amada de uma forma super genuína. Os graves e falsetes dão dimensão a esta emoção e complementam a melodia da música.
Em “Easy”, Jaehyun faz reflexões a cerca de um relacionamento Ioiô com uma pessoa descompromissada. Acompanhada de instrumental mais descontraído, o cantor relata o sentimento de cansaço em viver um relacionamento inconstante, ao mesmo tempo que anseia experimentar algo duradouro com a pessoa.
“Can't get you” é penúltima faixa, e é o grande ápice do lançamento. Ao contrário de muitos álbuns que começam bem e terminam com um ritmo morno e insosso, Jaehyun deixou a cereja do bolo que é “J” para o final. A música traz uma melodia vibrante e apaixonante, com uma boa combinação de gêneros que lhe dão o potencial para virar uma queridinha dos fãs (e é a favorita da autora desta review).
A letra fala de uma paixão intensa por alguém impossível de esquecer. Além do instrumental ser um show à parte, novamente a voz do Jaehyun brilha, deixando a faixa sofisticada e encantadora. O álbum encerra finalmente com a versão em inglês de “Smoke” que consegue ser tão excelente quanto a versão coreana.
Diante da obra de arte que é “J”, podemos concluir que Jaehyun conseguiu construir uma discografia coesa e cheia de personalidade. Ao trazer um gênero com o qual já era familiarizado, o cantor pôde se expressar e explorar novas cores do R&B com maestria. Com apenas 8 faixas, “J” se mostrou um projeto amarrado do início ao fim. É belo ver como Jaehyun amadureceu e entregou um primeiro projeto como solista impecável, que conta com a sua participação em todos os processo. Agora só nos resta esperar para ver quais cores e quais lados de si eles nos mostrará nos projetos futuros.
Ouça J, álbum de estreia solo do Jaehyun, logo abaixo:
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