A Coreia do Sul está longe de ser o país perfeito dos doramas; conheça crimes brutais que marcaram a história sul-coreana
(Reprodução/Netflix & CNA Insider)
Produções que abordam True Crime têm ganhado espaço entre o público e recebido forte investimento de plataformas de streaming, como a Netflix. É comum encontrar documentários sobre casos reais em países como Estados Unidos e até mesmo o Brasil. Apesar de querer refletir uma imagem bela e de segurança, a Coreia do Sul também possui problemas com criminalidade brutal em sua história, assim como qualquer nação, e que são difíceis de apagar.
O True Crime, podendo ser traduzido como crime verdadeiro ou crime real, é um gênero cada vez mais abordado na indústria audiovisual. Essas produções têm sido bem recebidas pelo público que mostra interesse em saber detalhes sobre a realidade cruel da mente humana. Por se tratar de uma não-ficção, vale lembrar que os acontecimentos podem não ter finais concretos e apresentar desdobramentos futuros.
O gênero tem atraído curiosos e ganhado repercussão, como Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy (2019), minissérie da Netflix que se aprofunda na mente do assassino em série Ted Bundy, ou até mais recente série documental da HBO Max, Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez (2022), que trás detalhes sobre o caso chocante do assassinato da atriz brasileira no começo dos anos 90.
A Coreia do Sul não é um local perfeito, como retratado em muitos doramas; o país também possui casos de crimes hediondos, que por vezes, não alcança o público que consome o seu entretenimento. O desaparecimento de cinco meninos, conhecidos como "Frog Boys", em 1991; o serial killer de Hwaseong e o caso do assassinato do estudante Lee Hyung Ho são apenas alguns acontecimentos terríveis que marcam a história sul-coreana.
Vale lembrar que os casos documentados são pesados, envolvendo situações de assassinato, tortura, sequestro e abuso sexual. Aos que não se sentirem seguros em consumir os títulos listados, aconselhamos a não prosseguir. Mesmo com a curiosidade de apreciá-los, é importante saber seus limites.
O Café com Kimchi separou 5 documentários sobre crimes chocantes da Coreia do Sul. Confira a lista abaixo:
O Assassino da Capa de Chuva: Caça ao Serial Killer Coreano (2022)
(Divulgação/Netflix)
O documentário da Netflix de três episódios aborda a trajetória de Yoo Young Chul, um assassino em série que aterrorizou Seul em 2003 e 2004, matando suas vítimas de forma cruel, que eram em sua maioria prostitutas e idosos. Além de matar, ele também se alimentava dos órgãos.
A produção se divide em três partes: a primeira aborda as suspeitas em torno do assassino, a segunda, sua a prisão e confissão e, por último, a terceira etapa apresenta as evidências e a midiatização. São utilizadas arquivos e entrevistas com profissionais que trabalharam no caso na época e parentes das vítimas.
Disponível na Netflix.
Cyber Hell: Exposing an Internet Horror (2022)
(Divulgação/Netflix)
O crime cibernético que chocou o mundo e expôs uma organização criminosa envolvida com chantagem e pornografia infantil em 2020 recebeu um filme documental pela Netflix em maio de 2022. O Nth Room foi uma onda de crimes sexuais que aconteciam no Telegram entre 2018 a 2020 e envolviam a criação de salas em que pagantes poderiam assistir vídeos de mulheres estupradas e filmadas sem consentimento.
Na obra de 1 hora e 45 minutos, um grupo de investigadores se reúne para acabar com a rede de criminosos sexuais digitais — mostrando as dificuldades em capturar bandidos que se escondem na Internet — a medida que se aprofundam no caso chocante. Cyber Hell traz o olhar para vítimas e investiga os mecanismos utilizados pelos criadores dos chats.
Disponível na Netflix.
Catching A Killer: The Hwaseong Murders (2022)
(Divulgação/CNA Insider)
A obra mostra informações importantes sobre os crimes cometidos pelo serial killer de Hwaseong, considerado um dos primeiros assassinos em série que se tem registros em solo sul-coreano. O criminoso em questão é Lee Choon Jae, conhecido por homicídios e agressões sexuais contra mulheres de 1986 a 1994 na cidade rural Hwaseong.
Catching a Killer recapitula as reviravoltas da investigação policial, a evidência vital que foi negligenciada e o trauma emocional sentido em uma cidade onde os moradores estavam apavorados. O longa ainda aborda o erro da polícia com Yoon Sung Yeo, preso injustamente pelo crime por 20 anos.
Disponível no YouTube.
Frog Boys (2020)
(Divulgação/CNA Insider)
Os Frog Boys eram um grupo de cinco meninos de 9 e 13 anos que desapareceram em março de 1991. As crianças sumiram depois de saírem para procurar ovos de salamandra em Daegu. O caso teve alta repercussão, porém, seguiu sem grandes novidade até 2002, quando os restos mortais dos meninos foram descobertos perto de onde eles foram procurar os ovos.
O documentário da CNA investiga um dos casos arquivados mais famosos da Coreia do Sul e apresenta relatos dos pais dos meninos. Ele ainda evidencia a negligência da mídia, que estava muito envolvida com as eleições para cobrir o caso, e da polícia local, que tratou como um caso de fuga.
Disponível no YouTube.
South Korea’s House of Horror (2022)
(Divulgação/101 East)
Chamado de Brother's House, o abrigo localizado em Busan durante a década de 70 foi palco de alguns dos piores abusos de direitos humanos no país naquele período. Durante o seu funcionamento, manteve presas milhares de pessoas que foram cercadas na rua. Um artigo relata que um mínimo de 516 pessoas morreram ao longo de 20 anos no Brother's Home.
Em South Korea's House of Horror, o 101 East investiga uma das piores atrocidades do país e aqueles que estão por trás dela, e agora vivem na Austrália. O documentário mostra detalhes um dos capítulos mais sombrios da história do pós-guerra da Coreia do Sul, um local onde milhares foram escravizados, abusados, estuprados e até mortos. Mais de 30 anos depois, os sobreviventes ainda lutam por justiça.
Disponível no YouTube.
Já assistiu alguma produção da lista? E qual caso criminal sul-coreano também deveria receber uma série documental? Conta pra gente em nosso Instagram e Twitter.
Comments