Após a bem sucedida estreia no mês de julho, o boygroup retorna com um EP quente demais para a temporada mais fria do ano.
O primeiro boygroup da franquia “Planet 999” da Mnet estreou este ano com grandiosas expectativas e resultados mais do que surpreendentes ao conquistar o tão desejado million seller com o disco de debut “Youth in the Shade” lançado no início de Julho de 2023. O EP disputou nas paradas com comebacks grandiosos de artistas veteranos e se saiu muito bem, ao ponto de colocar o grupo em um novo patamar em meio aos estreantes da 5ª geração do k-pop.
O ZEROBASEONE retornou pela primeira vez neste dia 6 de novembro — apenas 3 meses depois do debut — com o disco de inverno “Melting Point” cuja estética celebra a neve e agasalhos cheios de estilo sem ceder a canções frias. O disco cumpre o que promete e se mostra capaz de derreter a neve e aquecer os ouvidos dos fãs com faixas impressionantes e um tanto quanto inovadoras.
Neste disco, Hanbin, Taerae, ZhangHao, Matthew, Jiwoong, Gyuvin, Gunwook, Ricky e Yujin mostraram ao público que o ZB1 é capaz de muito mais ao entregar “CRUSH”, uma faixa principal poderosa que abusa do experimental e de performances ousadas, um bom contraponto em relação a canção “In Bloom” que marcou o debut com uma atmosfera mais sóbria e juvenil. Confira mais detalhes de “Melting Point” e nossa análise a seguir!
Adentrando novos caminhos
Mesmo que esta não seja a primeira, ou se quer a segunda faixa a compor a estrutura estabelecida por “Melting Point”, pode-se dizer que por se tratar da canção principal escolhida para representar este álbum, seu papel precisa ser destacado em uma sessão exclusiva e inicial, rompendo a tradição da análise de faixas na ordem já estabelecida pelos artistas.
Ao fazer uso do pop experimental, com influências que remetem a artistas do experimental como SOPHIE e Arca, a canção “CRUSH” surpreende com uma batida eletrizante alternada ao ritmo pop contemporâneo predominante, é uma faixa tão empolgante que poderia ser facilmente single do NCT 127.
Claramente foi uma bela e perspicaz tentativa — muito bem sucedida, por sinal — de demonstrar os diversos lados do ZB1 para além do debut e do que já foi mostrado durante o “Boys Planet”. Os integrantes abusam de suas habilidades como dançarinos e o destaque dos vocais ficam para o center ZhangHao, o líder Hanbin e um dos vocalistas mais impressionantes da atual geração, Kim Taerae.
Quanto aos visuais, sem dúvidas se encaixam de forma harmônica com a coreografia e a canção, o conjunto da obra resultou em algo belo, impactante e que remonta aos tempos áureos do k-pop.
Faixa após faixa, o ZB1 expressa sua capacidade de nos aquecer em pleno inverno
As b-sides aparentam ser nada mais do que canções com grande potencial para serem faixas principais que por algum motivo foram escaladas para o posto secundário. Obviamente, uma b-side não é necessariamente menos importante do que uma faixa-título, mas obviamente não recebem o nível de divulgação e dificilmente são reconhecidas por não-fãs do artista. No caso de “MELTING POINT”, a canção que dá nome ao disco, sua estética mais invernal é expressa de forma adorável através de uma canção pop com vocais poderosos e uma energia mais fofa, que dialoga melhor com a versão mais invernal do disco físico.
Em “Take My Hand”, temos um ótimo exemplo de como uma faixa secundária pode se destacar no disco mesmo estando entre duas canções tão poderosas. A faixa pop com sintetizadores e um “quê” de experimental é um bom exemplo do trabalho impressionante que vem sendo promovido pelo ZB1.
A quarta canção na ordem estabelecida é “Kidz Zone” que pode ser vista como a faixa irmã da primogênita “New Kidz On The Block” por trazer uma visão mais ingênua e adorável, mas desta vez, tratando diretamente do amor. Pode-se dizer que o disco em si foca mais no amor juvenil como sentimento principal, diferentemente do primeiro álbum que parece focar mais no início da jornada dos integrantes como artistas em um grupo novato da indústria musical.
A faixa final “Good Night” encerra o álbum com chave de ouro através de uma ballad que parece dar valor a voz de cada integrante nas passagens certas, de forma fofa e sem ser tediosa. Na verdade, trata-se de um exemplo muito bom de como grupos mais juvenis podem construir boas baladas sem necessariamente torná-las tediosas.
A música que tem como proposta ser uma espécie de “canção de ninar” com uma leve energia natalina não dá sono, mas sim um nostálgico sentimento de esperança pelo dia seguinte — e obviamente, por mais lançamentos do ZEROBASEONE —, que torna a faixa ainda mais fofa.
ZB1 prova a cada dia que não veio para brincar
Com mais um disco bem sucedido após conquistar o título de grupo mais jovem a ter dois álbuns com mais de 1 milhão de cópias vendidas na história do k-pop, o ZB1 mostrou ser uma grande potência na indústria e provavelmente o grupo mais bem sucedido da franquia “Planet 999”. Após conquistar 10 milhões de visualizações em menos de dois dias no MV da faixa “CRUSH” os aces da 5ª geração se provaram mais uma vez e prometem entregar bons resultados nas votações dos music shows.
O fenômeno do grupo não é somente resultado do sucesso do “Boys Planet” como um todo, mas também do poder que idols internacionais possuem para além das fronteiras sul-coreanas. O grupo que conta com 3 membros estrangeiros parece ter conquistado a boa sorte de grupos como “EXO” e “Seventeen” através das generosas e incansáveis fãs chinesas.
O poder dos fãs chineses se mostrou ao grupo desde antes da estreia com a surpreendente vitória do integrante ZhangHao na 1º posição mesmo após passar vários episódios entre o 2º e 3º lugar. O center é o primeiro chinês a vencer um programa de sobrevivência da Mnet na primeira posição e é um dos integrantes com maior popularidade desde sua participação no programa ao lado de Ricky, que também é chinês.
Superando os ainda remanescentes preconceitos da indústria do k-pop com os artistas chineses, o ZEROBASEONE vem mostrando a cada dia seu potencial e sua capacidade de tornar a passagem do grupo pela indústria algo memorável e digno de admiração.
Nota: Lembrando que o papel da nossa crítica, independente de positiva ou negativa, é apontar elementos para você construir a sua opinião sobre aquela obra; seja uma música de K-pop ou dorama. Então, tá tudo bem concordar ou discordar de tudo o que a gente disse aqui, mas não esquece de dizer o que você achou desse lançamento nos comentários, no Twitter ou no Instagram do Café!
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